MESSI O MELHOR JOGADOR DO MUNDO É AUTISTA.
Messi é autista. Ele foi diagnosticado aos 8 anos
de idade, ainda na Argentina, com a Síndrome de Asperger, conhecida como
uma forma branda de autismo. Ainda que o diagnóstico do atleta tenha
sido pouco divulgado e questionado, como uma maneira de protegê-lo, o
fato é que seu comportamento dentro e fora de campo são reveladores.
Ter síndrome de Asperger não é nenhum demérito. São pessoas, em geral do
sexo masculino, que apresentam dificuldades de socialização, atos
motores repetitivos e interesses muito estranhos. Popularmente, a
síndrome é conhecida como uma fábrica de gênios. É o caso de Messi.
É possível identificar, pela experiência, como o
autismo revela-se no seu comportamento em campo — nas jogadas, nos
dribles, na movimentação, no chute. “Autistas estão sempre procurando
adotar um padrão e repeti-lo exaustivamente”, diz Nilton Vitulli, pai de
um portador da síndrome de Asperger e membro atuante da ong Autismo e
Realidade e da rede social Cidadão Saúde, que reúne pais e familiares de
“aspergianos”.
Autistas podem
ser capazes de feitos impressionantes — e o filme Rain Man, feito em
1988, ilustra isso. Hoje já se sabe, por exemplo, que os físicos Newton e
Einstein tinham alguma forma de autismo, assim como Bill Gates.
Também fora de campo, seu comportamento é revelador. Quem já não reparou
nas dificuldades de comunicação do jogador, denunciadas em entrevistas
coletivas e até em comerciais protagonizados por ele? Ou no seu
comportamento arredio em relação a eventos sociais? Para Giselle
Zambiazzi, presidente da AMA Brusque, (Associação de Pais, Amigos e
Profissionais dos Autistas de Brusque e Região, em Santa Catarina), e
mãe de um menino de 10 anos diagnosticado com síndrome de Asperger, foi
uma revelação observar certas atitudes de Messi.
“A começar pelas entrevistas: é visível o quanto aquele ambiente o
incomoda. Aquele ar “perdido”, louco pra fugir dali. A coçadinha na
cabeça, as mãos, o olhar que nunca olha de fato. Um autista tem
dificuldade em lidar com esse bombardeio de informações do mundo
externo”, diz Giselle. Segundo ela, é possível perceber o alto grau de
concentração de Messi: “ele sabe exatamente o que quer e tem a mesma
objetividade que vejo em meu filho”.
Giselle observou algumas jogadas do argentino e também não teve dúvidas:
“o olhar que ‘não olha’ é o mesmo que vejo em todos. Em uma jogada,
ele foi levando a bola até estar frente a frente com um adversário. Era o
momento de encará-lo. Ele levantou a cabeça, mas, o olhar desviou. Ou
seja, não houve comunicação. Ele simplesmente se manteve no seu traçado,
no seu objetivo, foi lá e fez o gol. Sem mais”.
Segundo Giselle, Messi tem o reconhecido talento de transformar em algo
simples o que para todos é grandioso e não vê muito sentido em fama,
dinheiro, mulheres, badalação. “Simplesmente faz o que mais sabe e faz
bem. O resto seria uma consequência. Outra aspecto que se assemelha
muito a meu filho”.
Outra característica dos autistas, segundo ela, é ficarem extremamente
frustrados quando perdem, são muito exigentes. “Tudo tem que sair
exatamente como se propuseram a fazer, caso contrário, é crise na certa.
E normalmente dominam um assunto específico. Ou seja, se Messi é
autista e resolveu jogar futebol, a possibilidade de ser o melhor do
mundo seria mesmo muito grande”, diz ela.
A ideia de uma das maiores celebridades do mundo ser um autista não
surpreende, mas encanta. Messi nunca será uma celebridade convencional.
Segundo Giselle, ele simplesmente será sempre um profissional que
executa a sua profissão da melhor forma que consegue — mas arredio às
badalações, às entrevistas e aos eventos. “Ele precisa e quer que sua
condição seja respeitada. Nunca vai se acostumar com o assédio. Sempre
terá poucos amigos. E dificilmente saberá o que fazer diante de um
batalhão de fotógrafos e fãs gritando ao seu redor. De qualquer modo,
certamente a sua contribuição para o mundo será inesquecível”, diz ela.
Fonte: Testosterona